segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
MINISTÉRIO DAS CIDADES E DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO ADIAM A APLICAÇÃO DA MULTA POR UTILIZAÇÃO DE EXTINTOR DE INCÊNDIO ANTIGO
A obrigatoriedade foi criada no ano de 2009 e a partir desse ano a multa pelo não uso do extintor tipo ABC passou a ser aplicada. descumprida.
SãoSebastião2015PROGRAMA BOLSA CRAQUE REPASSOU RECURSOS PARA DESENVOLVER PRÁTICAS DESPORTIVAS EM ESCOLAS MUNICIPAIS
O FNDE (Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação) informou que repassou R$8.667,00 pelo Programa Bolsa Atleta para escolas de
São Sebastião em 2014.
O dinheiro do programa tem por objetivo
desenvolver e estimular as práticas
desportivas no âmbito de cada escola.
Faça um debate sobre o que cada
escola pode fazer com o dinheiro recebido.
Escola Municipal Maria
Queiroz Ferro
|
3.466,00
|
Escola Estadual José de
Carvalho Alves
|
1.867,00
|
Escola
Municipal José dos Santos Nunes
|
3.334,00
|
O dinheiro veio por intermédio
do PDE (Programa de Desenvolvimento da Escola), que está repassando dinheiro
para as escolas brasileiras.
Entidades como associações
comunitárias, partidos políticos, igrejas, oscips, sindicatos, ongues, grêmios,
INGs, rádios etc. têm o dever de participarem das reuniões dos conselhos
municipais e de divulgarem as informações para esclarecimento de seus filiados
e de filiadas, bem como da sociedade em geral.
Essa divulgação deve ser feita
também pela Prefeitura e por cada um dos 13 vereadores, mas ela e eles calam-se.
Por quais motivos existe o
silêncio cabe a você pensar.
Produção: Ongue de Olho em São Sebastião
Redação Paulo Bomfim (Conselheiro Municipal de Controle Social)
e Paulo Henrique
Fonte: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
Data: 03-01-2015
Publicação: http://onguedeolho.blogspot.com.br/2015/01/saosebastiao2015programa-bolsa-craque.html
SãoSebastião2015-QUOTA SALÁRIO EDUCAÇÃO POSSIBILITA MELHORES QUALIDADES E QUANTIDADES NA ESCOLARIZAÇÃO
O Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) informou a esta Ongue quanto
repassou a este Município em 2014 pelo Programa Quota Salário Educação: R$585.312,39.
Por conseguinte, sabendo quanto
tem para investimento em escolarização, podemos exigir melhores qualidades e
quantidades.
E efetivamente desconfiar e
questionar sobre a propaganda da Prefeitura, dizendo que a escolarização de São
Sebastião ficou entre as 50 melhores do Brasil, quando estudo da Macropan fala
que é a pior do País.
Um dos grandes problemas para melhorar
a qualidade da escolarização é o silêncio da maioria dos partidos políticos,
sindicatos, ongues, associações, oscips, igrejas, grêmios, rádios etc.
A política pública que não se
conhece e o que publicamente não se debate não se tem condições de ser melhorada.
Vale apenas você refletir!
Produção: Ongue de Olhoe em São Sebastião
Contatos: Imeio: ongdeolhoss@bol.com.br – Bloque:
onguedeolho.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim – Conselheiro Municipal de Controle Social
Fonte: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
Data:03-01-2015
Publicação: http://onguedeolho.blogspot.com.br/2015/01/saosebastiao2015-quota-salario-educacao.html
Cuba2014-A VITÓRIA DOS BONS PRINCÍPIOS
Reestabele
Depois de
passar meio século em operações sombrias para derrubar o governo nascido da
revolução de Sierra Maestra por todos os meios a seu alcance, o império de
Washington tomou uma medida de acordo com o estágio de civilização criado pela
formação dos Estados Nacionais, lá pelos séculos XVIII-XIX: anunciou o
reatamento de relações diplomáticas com Havana.
Num fato
que chega a ser irônico, quando se recorda o papel do Vaticano ao longo dos
séculos, coube ao Papa Francisco atuar com mediador das conversas secretas
entre as partes.
Anunciado
ontem, o reatamento de relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba tem
uma utilidade suplementar no Brasil: coloca em seu devido lugar o
anti-comunismo primitivo que fez uma grande aparição na da última campanha
presidencial.
Tornou-se
ainda mais agradável, agora, dar boas risadas diante do folclore diplomático
que permitiu Aécio Neves, em pleno século XXI, atacar os “médicos cubanos” que
tratam da população pobre do Brasil como se fossem agentes disfarçados do
Comintern dos Partidos Comunistas dos anos 30.
Mais
divertido ainda é lembrar o tom de ironia provinciana, empregado para falar dos
investimentos no porto de Mariel: “Finalmente a presidente Dilma inaugurou a
primeira grande obra de seu governo, pena que em Cuba“.
Para os
brasileiros, o porto de Mariel não foi apenas um bom negócio para
empresas envolvidas — será o principal ponto de vendas de Cuba para os
Estados Unidos, que irão crescer cedo ou tarde. Também ajudou a criar e
manter empregos no Brasil e acima de tudo traduziu uma visão diplomática
acertada.
Apesar de
seu caráter essencialmente risível, que a colocou de braço dado com os exilados
de Miami, a postura do PSDB refletiu o conservadorismo de matriz
norte-americana que tornou-se fonte recente de inspiração de largas fatias do
partido. Nascida nos ninhos à direita do Partido Republicano, essa visão
alimenta o extremismo conservador dos exilados de Miami. Prega um tratamento
agressivo do governo de Raul Castro, fecha portas a toda negociação produtiva e
propõe o isolamento forçado do regime, inclusive pela manutenção de um embargo
odioso, na perspectiva de uma restauração da economia de mercado capaz de
eliminar vestígios e conquistas da revolução.
Numa
postura em linha de continuidade com a escola diplomática civilizada, que prega
o respeito a soberania dos povos como o princípio básico para a convivência
pacífica entre países, o governo Lula-Dilma fez a aposta inversa. Cansou
de tomar porrada de sábios que dão plantão na TV.
Vê-se
agora quem estava com a razão — num debate que tem raízes em nosso passado
político, também.
O rompimento
dos Estados Unidos com o regime de Fidel Castro sempre será lembrado como
um lance grave e decisivo na história do Continente. Está na origem do apoio de
Washington ao ciclo de ditaduras militares latino-americanas, inclusive o golpe
de 64 que derrubou João Goulart.
Convencido
— de verdade — que a revolução de Fidel poderia transformar-se num exemplo a
ser seguido em países de maior peso geo-político e potencial econômico,
quebrando o domínio dos EUA sobre a região, a Casa Branca deu um curso de
natureza colonial a sua diplomacia, aos negócios e às operações militares.
Formulou estratégias de desenvolvimento dependente. Construiu programas
para formação de lideranças políticas em suas universidades. Abriu o cofre para
promover investimentos junto a aliados que se mostrassem fiéis e mobilizou
agências de publicidade para garantir uma cobertura favorável nos jornais.
Acima de
tudo, Washington abandonou os próprios pruridos democráticos, ajudando a erguer
ditaduras notórias pela crueldade. O que estava em jogo, em toda parte, era
enfraquecer a soberania de cada país — e era por esse critério que a Casa
Branca escolhia aliados e inimigos.
No livro”
João Goulart, “o historiador Jorge Ferreira explica que João Goulart não passou
a ser considerado um inimigo regional por Washington em função de seu discurso
à esquerda, nem por causa da reforma agrária, nem mesmo pelos interesses das
empresas norte-americanas ameaçados pela lei de remessa de lucros. O problema,
avalia o historiador, ocorreu em 1962, um ano depois da fracassada
invasão da baía dos Porcos, promovida pela CIA. John Kennedy “escreveu uma
carta a João Goulart, propondo a invasão da ilha, com a participação do
militares brasileiros.” Contrariado, Jango respondeu que o Brasil sempre
reconheceu a todos os países “independente de seus regimes ou sistemas de
governo, o direito de soberanamente se autodeterminarem.” Indo um pouco além,
Jango insistiu no “legítimo direito de Cuba se defender de possíveis agressões,
partissem de onde partissem.” Em função dos mísseis soviéticos, Jango concordou
com o bloqueio militar a Cuba mas sua oposição a toda intervenção militar levou
Kennedy a se afastar definitivamente do presidente brasileiro. “A posição
brasileira na crise dos mísseis foi intolerável para Kennedy,” escreve Jorge
Ferreira.
Durante
uma visita ao país, na mesma época, o Secretário de Justiça Robert Kennedy,
irmão do presidente americano, propôs “financiamento em troca de alinhamento
político.” Também disse que a Casa Branca temia que a política externa
brasileira se tornasse “sistematicamente antiamericana”e, sem maiores pudores,
reclamou em tom de acusação que Jango mantinha “comunistas” no governo. Também
mostrou-se preocupado com o esforço do governo brasileiro em ampliar seu
comércio com países do bloco socialista. Ofendido, Goulart deixou claro
que eram assuntos que diziam respeito ao próprio país, “não comportando
interferências de nações estrangeiras. ”
Medidas
banais de cooperação de Jango, como uma estação de energia a óleo diesel que Goulart
mandara de presente para os cubanos — uma espécie de porto de Muriel de meio
século atrás, não é mesmo? — reforçaram no presidente norte-americano a
certeza de que o próprio Jango se tornara “um perigo para a segurança nacional”
dos Estados Unidos.
Não custa
notar que essa postura independente não assegurou a Jango um tratamento
preferencial por parte do governo cubano. Uma das crises mais
desconcertantes daquele período envolveu a descoberta de que, apesar dos gestos
simpáticos do presidente, Havana sustentava, com armas, dinheiro e treinamento,
grupos armados que pretendiam iniciar guerrilhas contra seu governo.
Foi nesse
ambiente que Washington e Havana romperam relações diplomáticas. Carlos
Lacerda, o mais estridente adversário civil de Goulart, definiu a derrota
da invasão da baia dos Porcos, apenas três meses depois da posse de Kennedy,
como uma “catástrofe para o mundo livre”. Num texto escrito para apresentar um
livro que reunia vários discursos do presidente americano, Lacerda apontou o dedo
para Fidel e perguntou: “o que fazer diante deste provocador internacional?”
Após o golpe de 64, como se sabe, o Brasil rompeu relações com Cuba, que só
seriam retomadas após a democratização.
Não é
difícil identificar as raízes ideológicas de quem passou os últimos anos no
camarote de onde só partiam críticas a diplomacia brasileira, vamos combinar.
Cabe
registrar, de qualquer modo, um dado interessante. Obama tomou posse falando em
aproximar-se de Cuba e chegou a prometer novas relações no Continente num
encontro diplomático em Trinidad-Tobago, um de seus primeiros eventos
internacionais. Em seguida, recolheu-se à aquele universo morno que tem mercado
seus dois mandatos.
O
reatamento de relações diplomáticas merece aplauso, ainda que a preservação do
embargo seja lamentável. A manutenção do presídio de Guantânamo, enclave para a
guarda de prisioneiros sem julgamento, por anos a fio, é uma vergonha
universal.
É
obrigatório notar que, neste período, o Brasil consolidou-se como principal
lider regional naquela parte da América que se encontra abaixo do Rio Grande.
Enquanto o México era aplaudido pela adesão ao Nafta, o Brasil ocupou um
lugar próprio, reconhecido pelos principais vizinhos. Tornou-se interlocutor e
mediador de conflitos, ocupando um espaço que a diplomacia norte-americana
deixara vazio. Aproximando-se de Cuba, Barack Obama faz um novo movimento no
tabuleiro do continente americano. O futuro dirá as consequências deste lance.
- See
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Publicado
no blog Paulo Moreira Leite em 18-12-2014
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