quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

BEM VIVER versus VIVER BEM

O capitalismo e o consumismo avançaram tanto sobre a (in)consciência humana que, praticamente, fizeram esquecer o milenar conceito do bem viver. Fato, este, que tem causado as mais diversas infelicidades, apesar da existência de tantos bens materiais e muitos deles apenas supérfluos.
O conceito de “Bem viver” ajusta o ritmo das ações humanas ao do universo em si e à mãe natureza, face à clara noção da biodiversidade.
Segundo Padre Alfredo Gonçalves, Assessor das Pastorais Sociais da Igreja Católica, em “O conceito de Bem Viver”, publicado em www.adital.org.br=63629, o conceito de bem viver considera a relação humana como a terra, tratando de proteger, cultivar e cuidar do meioambiente onde a vida tem suas leis e cadências próprias. O bem viver tem, pois, como idéia a dimensão do desenvolvimento e não do mero crescimento econômico.
Portanto, quem está impregnado pelo conceito do bem viver percebe que para viver e conviver bem, bem como para construir a felicidade, seja no seu aspecto individual ou coletivo, não há necessidade de tamanha destruição e desrespeito para com o outro e a própria natureza.
Ao contrário, a “substituição” do sentido do bem viver pelo... “Viver Bem” leva a catástrofes, pois viver bem significa ou é sinônimo de apossar-se de conhecimentos técnicos, riquezas e demais acúmulos destrutivos, como necessários ao crescimento econômico, que, por sua vez, seria o remédio para todos os males, mesmo que para tal passe-se e continue-se a destruir o núcleo dos ecosistemas vivenciais, colocando em risco a própria sobrevivência da espécie “humana”.

Texto: Paulo Bomfim – imeio: ongdeolhoss@bol.com.br – bloque: onguedeolho.blogspot.com

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