Na 49ª edição da Festa da
Juventude foi escrito “CUIDADO: TAMBÉM MATAM PÉS DE PAU NA FESTA DA
JUVENTUDE”, que ao
ser publicado em “www.alagoasnanet.com.br/portal/?pg=noticia&id=756”, gerou airosos e desairosos
imeios e alguns comentários. Em um deles, a beldade – acredito - indagava-me
mais ou menos na dimensão de “você quer acabar com a “festa” só porque “duas
feias” árvores foram “decepadas"?”.
A partir d’ali, pensava que os
notáveis indefesos arbustos sertanejos passariam a ser respeitados em seus
direitos de viver, conviver e principalmente de produzir, como sempre quer o
deus mercado, às escondidas de Deus - o criador - claro.
Ledo engano!
Pois no quiquagésimo festejo mais
árvores são matadas e - como milhões de humanos homicidados – ficam expostas à
visitação de entristecidos curiosos no próprio local dos assassinatos.
Daí, ontem, à noitezinha, ter
sido provocado a ir ver os esqueletos das árvores, ainda verdejantes, e antes
que fossem cremados, bem como os provocadores e imorais alguns camarotes a
rodeá-los.
Chocou-me o quadro e tamanha
violência!
E assaltou-me com uma primeira e
forte dúvida: teriam sido praticados os velhos homicídios ou os recentíssimos
femicídios?
O suposto azar de matados -
vegetação, inclusive - é a conhecida omissão ou conivência do poder público. Ou
até mesmo o próprio agir de quem foi eleita com o dever de defender as
produtoras da fundamental fotossíntese, que purifica o ar para nossos
empobrecidos pulmões, com a autorizada queima do venenoso gás carbônico.
A possível “sorte” das
violentadas dependerá do comparecimento de algum Ibama, Ima ou mesmo alguma
outra instituição, com a honrosa exceção do “I Me Lê”, que aja no sentido de
preservar viventes e conviventes que têm produtos substanciais para a nossa
curta e já ameaçada existência.
Como a matança acontecida há
quase um ano, a atual poderá ficar impune, como em nada deu os assassinatos de
muita gente alagoana, imagine punir a derrubada de árvores que teimavam em
ficarem perto do divertimento de escolarizados e farristas de plantão.
A menção
aos aparentes inofensivos camarotes, intuo, decorre de recente escrito nesses
termos “Arapiraca – Camarotes são frutos da criminosa corrupção, na dimensão do
desfrute privado daquilo que seria de todos ou, no limite da decência, uma
ofensa ao interesse público?”, com agradecida
publicação em “www.alagoasnanet.com.br/portal/?pg=noticia&id=6330”, que
noticia a sutil e reiterada apropriação de dinheiros municipais para o
confortável divertimento de quem está apadrinhado no temporal exercício do
poder e – claro - “aperreio” para quem paga as contas, o
contribuinte-eleitorado.
Será que
algum candidato às próximas eleições irá subir nos irregulares camarotes?
Ressalta-se
que os gastos municipais com as “estruturas” de festejos, em forte disputa com
pagamentos a serviços de terceiros, têm sido um dos principais sumidouros dos
dinheiros municipais, mas a dimensão do sempre alegre circo faz com que poucos
reclamem e mesmo tomem outras atitudes. E aí não existem institutos ambientais,
mas os ramos dos ministérios públicos e até os sustentáculos das polícias, porque
falar em Tribunal de Contas Estadual nessas bandas também já é demais.
Por
último, no local, verifiquei que a estátua do ex-prefeito santanense ainda não
foi derrubada, mas corre forte perigo de ser (re)trucidado, como diz a placa
ali posta, em razão de poder perturbar a “visão” de alguém importante.
>José Paulo do Bomfim – residente em São
Sebastião, no Agreste, e trabalha em Santana do Ipanema, no Médio Sertão – com
a família e amigos – e permissão de Deus Pai, vai estar na Festa da Juventude
de 2012 - imeio: josepaulobomfim@bol.com.br
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