Na crônica político-legislativo-eleitoral
são-sebastiãoense comenta-se que o
vereador Vando Canabrava (PSB) estaria prestes a ter o seu 1º mandato cassado
por seus pares, por faltar-lhe decoro no exercício parlamentar.
Claro!
Os comentários estão apenas no
âmbito do folclore político-legislativo são-sebastiãoense. São só mais algo
para alguém relembrar-se das “Sessão Cochicho”, “Sessão Fantasma” ou “Sessão
Corisco”.
A tal cassação não acontecerá, como
se verá, posto sua divulgação está mais na dimensão do “meter medo no garoto”,
como diria o radialista Alves Correia, ou a “Câmara tergiversa para esconder as
suas próprias estripulias” diria algum cientista político-legislativo, daqui,
dali e d’lém mar.
Em verdade a pergunta da população
é como uma Câmara Municipal que, senão todos os seus integrantes, uma parte
deles, estaria praticando crimes contra a administração pública, infração
político-administrativa, crime de responsabilidade e improbidade administrativa
poderia cassar alguém por suposta falta de decoro parlamentar?
Não cassarás, diria algum
mandamento religioso!
Até porque quebra de decoro
parlamentar não teria havido.
Pelo que fiquei sabendo nos zunzuns
é que o vereador Vando teria cobrado de seus pares uma melhor atuação
parlamentar. E da administração municipal uma total mudança de postura, no
sentido de cumprir as promessas eleitorais, como a da bolsa-família municipal,
dentre outras, bem como voltar as ações municipais para o real interesse da
coletividade; que o interesse público estivesse realmente a nortear a
administração; que se cumprissem diversas leis, inclusive municipais. E por aí
foi...
Sem traquejo parlamentar – e até
mesmo de atuação partidário-social - teria rasgado algum documento que estaria em
tramitação naquela Casa legislativa. Algo desnecessário - sim, é verdade - mas de
dimensão bem inferior a de outras ações “espúrias” que ali são praticadas.
Ah!
Sim, o vereador também teria usado
alguma expressão vocabular grosseira, mas de cunho costumeiro na nossa
sociedade, infelizmente. Uma das expressões usadas na tribuna da Câmara teria
sido “febre do rato”, que na sua duplicidade de sentido pode ser usada para
elogiar ou para criticar alguém por suas atitudes de Inteligência ou de
desonestidade.
Aliás, a referida expressão é tão
nacional que se tornou título de bom filme brasileiro, que está indicado para
premiação na Academia Brasileira de Cinema, em breve.
Na dimensão político-legislativa, os objetivos da divulgação boca a
boca da inverossímil cassação do
parlamentar seria então, no primeiro momento, “meter medo, mas não adianta”,
segundo ouvi de uma pessoa atenta aos fatos, e, num segundo instante, fazer parar as reivindicações
de um jovem parlamentar, que - a seu
modo, logicamente - cumpre realmente o seu mandato e as promessas que fez na
campanha.
A dimensão político-eleitoral – o único real motivo da não-cassação
- demonstra um real entrave que impede a efetivação do possível desejo da
maioria da Câmara cassar o mandato de Canabrava. Esse segundo aspecto é publicamente
inconfessável e, por isso, não ganhou o boca a boca.
O referido silêncio decorre das 1ª
e 2ª suplências serem do Partido dos Trabalhadores, que reassumiria o mandato
naquele Poder. Pela importância dada pela campanha da situação a não-reeleição
do André Bomfim e à quase certa eleição de Dijailson José, inclusive com
sentimento mais comemorativo à derrota do PT que própria vitória, comprovam a
assertiva e fazem o Vando permanecer na Câmara, apesar de aparentemente trazer
algum “desconforto” à gestão municipal e à própria Câmara.
Espera-se apenas que ele – Vando - continue
a exigir de seus próprios pares uma mudança de comportamento na legislatura e
da gestão municipal mais moralidade administrativa e o cumprimento do dever de
fazer uma gestão honesta e de real melhoria das políticas públicas.
Se conseguir, obrigado!
Com certeza, dirá toda a sofrida
população.
>José Paulo do Bomfim – são-sebastiãoense e Secretário de Formação Política do Partido dos Trabalhadores; texto escrito e divulgado em 16 de setembro de 2013 (aniversário de 18 anos do PT são-sebastiãoense)
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